A saúde das nossas crianças é, sem dúvida, uma das maiores preocupações de pais, educadores e profissionais de saúde. E quando falamos sobre obesidade infantil, estamos diante de um desafio que tem crescido de forma alarmante no Brasil e no mundo. Mais do que números em uma balança, estamos falando sobre o futuro e a qualidade de vida dos nossos pequenos.
Os dados mais recentes do Atlas Mundial da Obesidade 2024 trazem um alerta que não podemos ignorar: o Brasil pode chegar a ter 50% das crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos com obesidade ou sobrepeso até 2035. Isso significa que, em pouco mais de uma década, metade dos nossos jovens pode estar enfrentando sérios problemas de saúde relacionados ao excesso de peso.
Atualmente, já temos 34% das crianças e adolescentes brasileiros com índice de massa corporal elevado, o que representa mais de 15 milhões de jovens. Entre as crianças menores de cinco anos, 14,2% já apresentam excesso de peso ou obesidade – um número que supera em muito a média global de 5,6%.
Por que isso está acontecendo?
A obesidade infantil não surge do nada. Ela é resultado de uma combinação de fatores que, muitas vezes, passam despercebidos no dia a dia das famílias. A alimentação inadequada, rica em açúcares e alimentos ultraprocessados, é um dos principais vilões. Aqueles salgadinhos, refrigerantes, doces e fast foods que parecem inofensivos podem estar construindo um caminho perigoso para a saúde dos pequenos.
O sedentarismo é outro fator crucial. Com o aumento do tempo de tela – seja no celular, tablet, videogame ou televisão – as crianças estão se movimentando cada vez menos. A pandemia intensificou esse problema, já que o isolamento social reduziu drasticamente as atividades físicas ao ar livre e as brincadeiras que naturalmente queimam energia.
Mas não para por aí. A qualidade do sono, fatores emocionais, estresse e até mesmo questões hormonais e genéticas podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade infantil. É um problema complexo que exige uma abordagem igualmente abrangente.
As consequências vão além do peso
Quando uma criança desenvolve obesidade, não estamos falando apenas de uma questão estética. Os riscos para a saúde são reais e podem se manifestar ainda na infância. Diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares, colesterol alto, gordura no fígado e até mesmo hipertensão podem aparecer precocemente.
A longo prazo, essas crianças têm maior risco de desenvolver doenças graves como acidente vascular cerebral e diversos tipos de câncer. Além disso, estudos mostram que crianças obesas têm maior probabilidade de se tornarem adultos obesos, perpetuando um ciclo que pode afetar toda a vida.
Dicas práticas para prevenir a obesidade infantil
A boa notícia é que a prevenção da obesidade infantil está ao alcance de todas as famílias. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer uma grande diferença na saúde dos nossos filhos.
Comece pela alimentação desde cedo. Evite oferecer açúcares e alimentos sem valor nutricional nos primeiros anos de vida. O paladar da criança se forma cedo, e quanto mais natural e saudável for a alimentação inicial, maiores as chances de ela manter bons hábitos alimentares ao longo da vida.
Transforme a atividade física em diversão. Não precisa ser nada complicado – uma caminhada no parque, andar de bicicleta, jogar bola no quintal ou até mesmo dançar em casa podem ser ótimas opções. O importante é que a criança se mova e, principalmente, que ela sinta prazer nessas atividades.
Estabeleça regras para as refeições. Crie um ambiente tranquilo à mesa, sem televisão, celular ou tablet. Isso ajuda a criança a se concentrar na comida, mastigar adequadamente e reconhecer os sinais de saciedade do próprio corpo.
Controle os líquidos durante as refeições. Evite oferecer sucos, refrigerantes ou até mesmo água em excesso durante as refeições, pois isso pode prejudicar a digestão e reduzir o apetite para alimentos nutritivos.
Reduza os alimentos ultraprocessados. Frituras, salgadinhos, biscoitos recheados, refrigerantes e outros produtos industrializados devem ser exceção, não regra. Prefira sempre alimentos frescos e naturais.
O papel da família e da escola
A prevenção da obesidade infantil é uma responsabilidade compartilhada. Os pais têm papel fundamental, especialmente nos primeiros anos de vida, quando são eles que definem completamente a alimentação e os hábitos da criança. Dar o exemplo é essencial – crianças aprendem muito mais pelo que veem do que pelo que ouvem.
A escola também desempenha um papel importante, oferecendo alimentação saudável e oportunidades para atividades físicas. Muitas vezes, é na escola que a criança tem o primeiro contato com conceitos de nutrição e vida saudável.
A importância do acompanhamento médico
Consultas regulares com pediatra são fundamentais para monitorar o crescimento e desenvolvimento da criança. O profissional de saúde pode identificar precocemente sinais de excesso de peso e orientar a família sobre as melhores estratégias de prevenção.
Ter um plano de saúde que garanta acesso a consultas regulares, exames preventivos e, quando necessário, acompanhamento com nutricionista e outros especialistas, é um investimento na saúde presente e futura das crianças. A Bekup Seguros entende essa necessidade e oferece planos empresariais que contemplam cuidados abrangentes para toda a família, incluindo programas de prevenção e promoção da saúde.
Um futuro mais saudável começa hoje
A obesidade infantil é um problema sério, mas não é uma sentença. Com informação, dedicação e as estratégias certas, podemos proteger nossos filhos e garantir que eles cresçam saudáveis e felizes. Lembre-se: pequenas mudanças hoje podem significar uma vida inteira de saúde e bem-estar para os nossos pequenos.
A saúde das nossas crianças é um investimento no futuro. E esse investimento começa com escolhas conscientes que fazemos todos os dias, desde o que colocamos no prato até como organizamos a rotina familiar. A Bekup acredita que juntos, podemos reverter essa tendência e construir uma geração mais saudável.